Imagina acordar todos os dias sabendo exatamente o que vai acontecer, e viver da mesma maneira, fazendo as mesmas coisas? Nem que seja uma comida diferente no café da manhã, mas algo novo cada dia precisa ter, sabe? Conhecer uma pessoa nova, ler um artigo diferente, ir a um lugar desconhecido... Aprender! Conhecer!
Zona de conforto? To fora!
Não julgo quem goste. Deve sentir muito mais paz, acredito eu! Sabe o que quer, aceita quando chega lá, comemora aonde chegou e planeja o que fazer com o sucesso que atingiu. Show de bola, mesmo (de verdade, não contém ironia aqui).
Sabe aquelas pessoas que decidem que querem se aposentar aos 40 anos, depois vão viajar e tal? Escolhem “aproveitar a vida” e “curtir cada momento”. Acho super legal e, quem sabe, eu me arrependa no fim da minha vida por não ter pensado assim antes.
Talvez, quando eu tiver 90 anos e olhar pra trás, pense que deveria sim ter trabalhado menos. Que deveria sim ter levado a vida de forma mais leve, com menos metas, objetivos e, claro, estresses.
Talvez eu olhe pra trás e pensei que teria sido mais tranquilo, teria aproveitado mais tempo com a família, tido mais hobbies, viajado mais, feito mais esporte, ido a mais restaurantes, provado mais pratos deliciosos, lido mais, assistido a mais filmes...
Teria caminhado sem pressa, estudado sem pressão, trabalhado sem cobrança...
Talvez...
Mas será mesmo?
Será que eu trabalharia feliz, mesmo sabendo que não seria “pra sempre”, seja qual fosse o MEU sempre? Será que eu estudaria com afinco, sem ter um objetivo específico pra isso? Será que teria me dedicado tanto sem ter “pressa” pra crescer?
Eu sei que cada coisa tem seu tempo, mas também sei que “quem sabe faz a hora, não espera acontecer”, como já dizia Geraldo Vandré.
É, eu sei que vou me arrepender de algumas coisas na vida.
Você também, tá?
Mas acho que, hoje, parando pra pensar aqui, prefiro me arrepender por ter sempre tentado mais, por ser uma eterna inconformada e, quem sabe, até mesmo insatisfeita (o que não me impede de ser realizada), do que chegar lá na frente e perceber que, talvez, eu deveria ter feito mais.
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