Sabe quando você está em um relacionamento (pode ser amoroso, de amizade ou até mesmo profissional, tanto faz), mas a pessoa te irrita? Te irrita como ela demora para responder mensagens, ou te irrita exatamente o oposto: envia mensagens demais. Te irrita como ela envia áudios enormes extremamente prolixos, ou te irrita como ela só conversa direito pessoalmente – sendo raros os encontros. Te irrita como ela é grudenta, ou como ela é fria demais. Te irrita como ela valoriza certas coisas que não tem tanta importância pra você...
Enfim, a pessoa te irrita.
Mas, mesmo assim, você ama essa pessoa e ama seu relacionamento com ela (volto a falar: pode ser relacionamento pai e filha, pode ser de amizade, pode ser amoroso, pode ser profissional, tanto faz).
E em todo relacionamento, existem os perrengues. Eles são diversos: de agenda (cada dia mais difícil conciliar os horários de vários amigos); financeiro (imprevistos mil, sempre); algum programa que deu tudo errado...
Mas, mesmo assim, você ama essa pessoa e ama seu relacionamento com ela.
Por que?
Porque os perrengues valem a pena.
Os perrengues não são nada – ou são, no mínimo, insuficientes pra que você quebre esse relacionamento.
Encontrar com essa pessoa; rir com ela – ou até mesmo dela; fazer planos; chorar, conversar, pedir conselhos, dar conselhos, conhecer amigos um do outro, compartilhar histórias, compartilhar problemas! Tudo isso faz valer a pena cada coisinha que te irrita.
Empreender é estabelecer um relacionamento entre o empreendedor e a sua empreitada.
Esse relacionamento é uma via de mão dupla: quanto mais você dá, mais você recebe. Quanto mais você se dedica, mais resultado você obtém – seja ele qual for. Quanto mais você tenta, mais você aprende. Sempre.
A diferença aqui no relacionamento empreendedor-empreitada é que não tem perrengue chique – é só perrengue mesmo!
E o maior segredo pra que os perrengues sejam outros, diminuam, mudem de magnitude ou que você apenas aprenda a lidar com eles é nunca se acomodar. Afinal, empreendedor não se acomoda.
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