Se você empreende, alcançou o que você considera #sucesso e está completamente satisfeito, considera “missão cumprida”, não quer mudar mais nada no seu negócio, não busca um novo desafio nem acha que poderia estar fazendo melhor”, talvez você não seja um empreendedor messsmo.
Sabe aquela tal “veia empreendedora”? Então...
Porque ter um negócio próprio ou ser autônomo é uma coisa. Ser empreendedor é outra.
Ser empreendedor é nunca se cansar de aprender; estudar; se desenvolver; crescer... e pra tudo isso acontecer, você vai errar. Inevitável. Então você tampouco pode se cansar de errar. Faz parte do processo. Aliás, confie no processo, viu?
Ou você acha que Obama nasceu presidente?
Mas voltando ao que interessa: empreendedor não se acomoda.
Eu sou assim, nunca estou satisfeita nem acomodada. Empresa indo bem e caminhando com as próprias pernas? Bora se comprometer com uma pós-graduação, porque vejo aqui uma oportunidade de networking e novo business pra agência. Pós-graduação finalizada? Novo serviço pra oferecer aos clientes. Oferta encontrou a demanda e caminha bem? Bora entender se a equipe está otimizada, se vale realocar clientes, etc. Tudo ok? Então o que mais podemos oferecer? Beleza, entendido, vamos fazer uma parceria e oferecer um novo serviço. Deu certo? Que tal internalizar e oferecer em maior escala? Pronto, tudo ok! Mas e agora? Ah, acho que um curso novo vai bem, né? Mas talvez também precise pensar em como descentralizar a fonte de renda da “Carolina”, tornando a CMA “um dos” negócios.
Hum... boa ideia. Bora trabalhar nisso então.
Entende? Mas não vou ficar falando sobre mim. Que tal falar sobre o meu maior exemplo de empreendedor desse mundo?
Meu avô saiu do interior de São Paulo aos 14 anos; veio para São Paulo em busca de oportunidades. Com origem super humilde, morou um tempo (vamos deixar chic) em um co-living / flatsharing (kkk a famosa pensão), trabalhou em diversos estabelecimentos (como farmácia e borracharia), até que conseguiu se formar em economia na PUC, depois fez também filosofia e trabalhou até os quase 91 anos, quando veio a falecer.
Ele trabalhou a vida toda no mercado imobiliário. Comprava o imóvel, reformava, alugava (raramente vendia); incorporava um novo projeto; alugava salas comerciais e apartamentos... Aos 86, ele fez o último “novo” negócio dele. Aos 86 anos de idade.
Mas além do trabalho, ele lia. Lia muito. Lia tudo! Me lembro até hoje de como falou sobre o livro “Sapiens” logo quando lançou.
E não parava quieto... adorava um evento social. Tênis no clube, café da manhã com os amigos, barzinho com música à noite, cinema, viagens, festas de aniversário. Não sossegava. Inclusive, se você queria dicas de viagem e/ou de restaurantes, era com ele mesmo! Até os últimos lançamentos de São Paulo...
Sabe o que é isso? É a pessoa que nunca cansa de aprender, de conhecer, de se desenvolver. É a pessoa que enxerga no outro a oportunidade de aprender sobre si mesmo. É a pessoa que empreende, sempre, a todo momento. Porque todo lugar, toda pessoa, toda situação é uma oportunidade.
Pra que ficar parado? Eu, hein...
A inércia me enlouquece.
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